quarta-feira, 22 de abril de 2009

RUBENS O INSISTENTE

O jardim do amor, Museu do Prado

Rubens nasceu fora da terra em que passou a maior parte de sua vida e à qual serviu com muito patriotismo, Flandres (hoje uma parte da Bélgica). Seus pais encontravam-se exilados na cidade de Siegen, no Sacro Império Romano-Germânico, por apoiarem a luta dos Países Baixos pela independência da Espanha. Além do crime político, o pai de Rubens ainda caiu em desgraça quando foi descoberto seu envolvimento amoroso com a Princesa de Orange, simplesmente esposa do líder do movimento separatista. Só escapou da condenação à morte porque sua esposa Maria Pypelinckx, a futura mãe do pintor, lhe concedeu um perdão público, fazendo a pena ser substituída por exílio.
Com a derrota dos separatistas em Flandres (o norte dos Países Baixos, Holanda, conseguiu a independência, mas o sul permaneceu sob autoridade espanhola) e a morte de seu pai, Peter Paul e a família (mãe e o irmão mais velho, Philip) retornam à cidade de Antuérpia, onde se instalam novamente e onde veio a se tornar católico, em 1589, dois anos depois da morte de seu pai. A religião figurou de modo proeminente em muitos dos seus trabalhos e Rubens mais tarde veio a se tornar uma das principais vozes do estilo de pintura da Contra-reforma católica[1]. Providenciam, então, uma educação de nível para os dois jovens, de forte caráter humanístico, como convinha aos valores da sociedade flamenga. Philip torna-se advogado, e Peter Paul, mesmo que estimulado pelo direito e pela filosofia, acaba se interessando mais pela arte – e em poucos anos ele deixará de ser o rapaz Peter Paul para tornar-se o conhecido Rubens.
Ao contrário de vários outros pintores posteriormente famosos, Rubens não enfrentou oposição da família pela carreira que escolhera – muito menos naquela região que valoriza até hoje sua tradição artística. Pelo contrário, recebeu estímulo e incentivo, desde que correspondesse ao talento que lhe fosse exigido; algo que não tardou a acontecer.

A educação de Maria de Médici, c. 1622-1625, ciclo de Maria de Médici, Louvre

Já aos 15 anos tinha certeza da vocação e era aprendiz de pintores. Começou com Adam van Noort, depois Tobias Verhaeght e finalmente Otto van Veen, que exerceu sobre ele a maior influência. Foi Van Veen que fez nascer em Rubens uma grande admiração pela Itália e pela cultura latina clássica. Isso marcou toda a sua obra e o fez integrar a escola italiana e servir aos reinos latinos católicos, mesmo sendo germânico protestante.

Retrato de Susanna Fourment, 1625, [[National Gallery (Londres)|]]

Quando alcançou o título de mestre pela Corporação dos Pintores da Antuérpia (espécie de autorização que era necessária para se exercer uma profissão), desligou-se do tutor e acabou transferindo-se para a Itália, onde chamou a atenção do Duque Vicenzo Gonzaga de Mântua, que empregou o jovem flamengo como seu pintor oficial, sem, contudo, restringi-lo ao enclausuramento na corte. Rubens podia viajar a outras cidades, e inclusive prestar serviços a outros clientes. Nessas viagens, Rubens conheceu Florença e Roma, e passou um bom tempo estudando as pinturas de Michelangelo na Capela Sistina.


A queda de Féton, c. 1604/1605, National Gallery of Art

Não tarda a chegar a fama. A partir da primeira encomenda, feita pelo Cardeal da Áustria e muito bem recebida, sucedem-se várias outras, principalmente pinturas para igrejas e retratos da aristocracia. Pinta duques, condes e também burgueses, a classe em franca ascensão nos estados italianos. Fica famoso, e é conhecido entre as elites por ser, além de excelente pintor, uma pessoa de fácil relacionamento e grande simpatia.

Duplo retrato de Rubens e sua esposa Isabella Brant, c. 1609, Alte Pinakothek

Por essas qualidades, o Duque de Mântua o envia em missões diplomáticas, destacadamente à Espanha, onde acaba se familiarizando com a corte. Nessas ocasiões pintou seu famoso retrato eqüestre do Duque de Lerma, primeiro-ministro de Filipe III.
Alguns anos mais tarde, porém, recebe uma notícia de que sua mãe está doente. Retorna à Antuérpia para vê-la, mas quando chega ela já está morta. Decide não sair mais de sua cidade natal e acaba ficando a serviço do governador espanhol para os Países Baixos, o Arquiduque Alberto de Habsburgo, e passa a trabalhar junto com seu antigo mestre Van Veen. Pinta, então, "Sansão e Dalila" (do qual falaremos em "Análise de Obra").

Vênus e Adônis,Metropolitan Museum of Art

É nessa época que prospera em fama e patrimônio. Desposa a filha de um advogado bem-sucedido, dirige bem suas finanças e adqüire um imóvel de médio porte para construir uma mansão, um pouco afastado da cidade. Rubens revela um terceiro talento, à parte da pintura e da diplomacia, que é sua hábil condução dos negócios.
Organiza, a partir de então, seu estúdio, que até a morte do pintor chegou a produzir dois mil quadros. Contava com um elenco de discípulos dos quais se destacaram vários, mais tarde, como Brueghel e Van Dyck. A produção dos quadros obedecia a um esquema montado por ele, segundo o qual ele realizava todos os primeiros esboços e encarregava os aprendizes de montar um modelo em escala menor, que era apresentado ao cliente. Se aprovado, Rubens traçava a lápis na tela e os discípulos colocavam a cor e o óleo, cabendo ao mestre de novo fazer a "arte final". É quando vêm "O Rapto das Filhas de Leucipo" (ver mais adiante) e "A Derrota de Senaqueribe".
Rubens possuía uma clientela literalmente poderosa, e que pagava em dia. Um dos mais belos trabalhos que realizou, então no auge de sua carreira, foi a série de quadros contando, alegoricamente, a vida da regente da França, a Rainha Maria de Médici. Seguindo os parentescos das casas reais européias, Rubens acabou pintando para os principais reis, príncipes e duques de sua época.

Retrato de Maria Ana de Espanha, Rainha da França

Para Carlos I da Inglaterra, por exemplo, genro de Maria de Médici, pintou a "Alegoria de Paz e Guerra" entre outras obras. Para Filipe IV de Espanha (filho do antecessor), pinta quadros que retratam caçadas, para o palácio de veraneio real. Na Espanha, também, toma contato com Velázquez, provavelmente influenciando-o.
Foi a serviço da Espanha (da qual tinha cidadania, já que Flandres permanecia sob controle espanhol) que Rubens desempenhou as principais missões diplomáticas, principalmente negociando as pazes entre Espanha e França (católicos) e Inglaterra (protestante, com rei anglicano), durante as lutas da Guerra dos 30 Anos, que ele morreu sem ver terminada. E isso sendo Rubens um flamengo católico.

Paisagem com Filemon e Baucis, c. 1630, Kunsthistorisches Museum

Após cumprir seu papel na busca pela paz mundial, que ele dizia tanto almejar, Rubens retorna finalmente à Antuérpia, de onde passa a produzir e enviar os quadros. A essa altura já é enviuvado, e seu irmão Philip morrera ainda jovem. Mas casa-se de novo, com a irmã mais nova de uma fidalga que Rubens retratara anos antes. E com ela tem seu filho. Desta fase são "O Julgamento de Páris" e "O Rapto das Sabinas".
Rubens morreu em 1640, rico e bem-sucedido. Teve êxito em tudo que fez e deixou para a posteridade um legado de muita arte e expressão do mais puro Barroco, de forma sincera e verdadeiramente vivida.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Washington Maguetas um mestre do impressionismo no Brasil

Livro de poesias
70 X 90 cm - ost 2009

Washington Maguetas é um artista que desde cedo desempenhou papel definido no ofício das Belas Artes, não realizou estudos formais em artes plásticas, tendo seu trabalho baseado no aprendizado pela observação e na prática, são 44 anos de vivência artística, que lhe conferem a condição de mestre.

Moças no jardim
80 X 150 cm - ost 2009

Algo que Maguetas deixa explícito em sua obra é a paixão pelo grande mestre Monet, de quem é um inegável discípulo, Seus traços representam de forma pura o impressionismo no cenário brasileiro.

Milena sentada no sofá
80 X 60 cm - ost 2009

Maiores informações sobre o artista visite o site:

domingo, 12 de abril de 2009

VAMOS DESENHAR? (1ª aula)

Curso completo Mozart Couto

O primeiro passo para desenhar é escolher um local calmo, com boa iluminação, papel especial para desenho Canson, lápis KOH-I-NOOR HARDTMUTH, lápis graduado 1500 e graduados Toison D' or 1900, lápis Jumbo 1820, barra de grafite integral 6B, 8971 e grafite integral PROGRESSO 8911 (2B, 4B, 8B e 9B). Para apagar borracha maleável KOH-I-NOOR. No início, não é necessário comprar materiais caros, a Faber-Castell tem ótimos produtos no mercado nacional. (Para copiar as imagens, basta clicar sobre o desenho e mandar salvar como.)



































terça-feira, 7 de abril de 2009

PAINEL - MANDALA DE CORES



MATERIAL NECESSÁRIO

1 painel 30 X 30
1 espátula média
1 pincel condor 441 nº 20
Massa de PVA
ACQUA Betume
solvente tinnher ou ácqua ráz
Cola branca rótulo azul
3 frascos de verniz vitral, 1 amarelo, 1 vermelho e 1 azul
2 colheres (chá) de purpurina em pó ouro velho
3 colheres (sopa) de álcool
1 retalho de malha limpo
1 palito de dente

1- Com a ajuda de um molde, risque 4 círculos no painel, sendo que entre o círculo de fora e o de dentro fique um espaço de mais ou menos 4 cm, nos dois pares. Faça uma mistura de 3 partes de massa PVA para 2 de cola branca, neste caso eu usei 3 colheres de sopa de massa e 2 de cola. Passe esta mistura entre os círculo (nº1), deixe o espaço dentro dos círculos em branco (nº2). Depois de passar a mistura, dê batidinhas com o pincel para que forme uma textura crespa. Deixe secar por 2 horas. Nos círculos que ficaram em branco, preencha com cuidado com cola branca pura, aplique então o verniz vitral, gota a gota de forma aleatória, harmonize a seu gosto, use a imaginação. Eu utilizei um cabo fino de pincel, (acabei pingando algumas gotas na textura, cuidado). Com um palito de dente, faça riscos leves e suaves, misturando um pouco as cores.



2- Deixe secar de um dia para o outro. No outro dia, dilua a purpurina no álcool,com o pincel, aplique esta mistura sobre a textura, ela seca rapidamente.



3- Com o mesmo pincel, aplique o betume sobre o dourado, e vá limpando, conforme for aplicando. Passe betume nas laterais do painel e limpe também, dando batidinhas com o pano. Deixe secar e pronto.


Uma criação MARENE

sexta-feira, 3 de abril de 2009

ABSTRATO - UM PASSO A PASSO COM CÉLIA RÊ



Célia Rê do Athelier Célia Rê de São Paulo, Capital, criou este lindo painel redondo que permite ao observador dirigir sua atenção para a área central. Mesmo unindo vários elementos como pasta de modelagem, pedras e origami, desenvolver o trabalho é muito fácil e a artista nos ensina o passo a passo nesta edição de Tela Passo a Passo - Especial Abstrato.

1- Encontre o centro do painel, faça um círculo menor na parte interna. Com a régua, faça uma faixa de 4 cm em cada lateral, de modo que fiquem opostas;



2- Com a espátula, aplique a pasta dentro da faixa. Com a espátula de pontas, risque a textura nas faixas;



3- Com a espátula simples, aplique a massa também no círculo externo. Para formar a textura, faça movimentos circulares. Dilua o betume em pasta com um pouco de solvente;



4- Com o pincel, aplique o betume diluido na faixa externa. Limpe com o pano limpo, um pouco de betume, deixando a faixa mais suave;



5- Com o pincel, passe betume também no círculo central. Limpe o excesso de betume, batendo o pano, para dar movimento;



6- Sobre o círculo externo já seco, aplique a textura white. Passe betume na lateral do painel;



7- , passe o pano na lateral, com batidinhas para dar o mesmo efeito do centro.Com o pincel, passe cola no círculo interno (centro da tela).



8- Aplique as pedras "olho de tigre" sobre a cola no centro. No círculo externo, salpique as pedras de quartzo, passando-as pela cola primeiro.



9- Preencha toda a lateral, aplique as pedras seguindo a indicação;



10- Coloque as pedras de forma aleatória;



11- No centro da tela, cole o origami. No centro do origami, cole uma pedra brasileira.



Dica da Célia Rê: A quantidade de cola para aplicar as pedras deve ser média. Não passe pouca cola, pois as pedras são pesadas e podem se soltar.
Estes 4 paineis de Célia Rê é mais uma boa idéia de decoração. Você já tem a base da técnica, agora solte a sua criatividade.Material dos 4 painéis:Laterais - massa para modelagem com glitter, betume em pasta, bisnaga prata e textura white.Centros:Alaranjado cádmio, amarelo médio, siena natural e vermelhão chinês

Athelier Celia Rê
Rua Serra de Bragança, 724
Tatuapé - São Paulo - SP
Cep: 03318-000
Telefone: (11) 2294-9731
contato@celiare.com.br

http://www.atelierceliare.com.br

Para quem deseja fazer o seu próprio origami eu sugiro uma visita a este site incrível

CURSO DE ORIGAMI - ON LINE

Feita por mim


Casa nova da uma vontade na gente de arrumar tudo bem bunitinho. Cortinas nas janelas foi meu primeiro pensamento. Munida de muuuuita disposição (praça de comércio nova) fui às compras (quem não gosta?).
Cortinas sob encomenda, demora demais...de 15 a 20 dias (sou geminiana, detesto espera....imaginem eu aqui com essa internet que parece uma carroça). Fui a caça de cortinas prontas (modelitos horrorosos) preços proibitivos. Fuça daqui....caça dali...encontrei alguns tecidos em uma loja que estavam em oferta, um brocado e uma lonita que adorei (a atendente tentou me tirar da cabeça, pois eram para forração de estofados)nem liguei. Resultado, uma está pronta, essa ai da foto e me saiu por:
3m de tecido = R$30,00
1 varão = R$23,00
linha = R$2,00
Resultado = R$55,00 (uma pronta muito feia sai por R$100,00, economia de R$45,00)
Pode ser que não agrade a todos, mas para mim ficou liiiinda....adorei minha cortina nova e o que é mais importante...feita por mim.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

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Mais Peter Rabbit e Beatrix Potter

Em minhas andanças pela internet, encontrei estes maravilhosos murais inspirados em Beatrix Potter, vale a pena conferir.








http://www.sacredart-murals.co.uk

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